Adolescentes acima de 12 anos que tenham comorbidades específicas vão se vacinar contra Covid-19 no Piauí. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (20) pelo secretário de Saúde, Florentino Neto, que também informou que os adolescentes vão tomar a vacina da Pfizer, a única que pode ser aplicada em menores de 18 anos no Brasil, por autorização da Anvisa.
A vacinação dos adolescentes de 12 a 18 anos entrará na cota de 30% das vacinas destinadas no Piauí às pessoas com comorbidades e que estão relacionadas no Plano Nacional de Imunização (PNI) como prioritárias para a imunização contra a Covid-19. É necessário apresentação do laudo médico no ato da vacinação.
A Sesapi deve divulgar nas próximas horas uma orientação aos municípios regulamentando a vacinação deste publico no Piauí, bem como anunciando quais comorbidades vão ser contempladas com a imunização entre os adolescentes.
O secretário de Saúde considera que a vacinação dos adolescentes com 12 anos ou mais com comorbidades e deficiências permanentes é um passo à frente na imunização de toda população.
“Esse tema tem sido tratado pelo Governo do Estado há muito tempo. O governador Wellington Dias levantou a pauta da vacinação dos adolescentes no Fórum Nacional de Governadores. A vacinação dos adolescentes sempre foi uma grande preocupação para nós. As comorbidades e deficiências permanentes deixam as crianças mais expostas ao risco de contrair a doença e a vacina é a nossa esperança de protegê-las contra a Covid-19. Continuamos no enfretamento a doença com todo o rigor ”, disse o secretário.
Ainda na avaliação do secretário, a imunização dos adolescentes com comorbidades vai dar maior segurança às famílias para o retorno às aulas.
“Estamos voltando às aulas com professores vacinados e esse grupo com deficiência e comorbidade ficaria de fora. São crianças que necessitam da escola como meio educacional, convivência social e estimulação”, afirmou Florentino Neto.
De acordo com o vacinômetro, plataforma do governo estadual que mostra o avanço da vacinação no estado, o Piauí já aplicou 1.195.712 (D1), sendo 413.844 (D2) e 37.362 (D2). Para acompanhar a evolução da vacinação basta acessar www.saude.pi.gov.br/vacinometro.
Veja as comorbidades
DIABETES MELLITUS – Qualquer indivíduo com diabetes
PNEUMOPATIAS CRÔNICAS GRAVES – Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticóides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTE (HAR) – Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de anti-hipertensivos, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada.
HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTÁGIOS 1 E 2 COM LESÃO EM ÓRGÃO-ALVO E/OU COMORBIDADE PA – sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade
HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTÁGIO 3 – PA sistólica 180mmHg e/ou diastólica 110mmHg ? independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) – IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C, ou D, independente de classe funcional de NEW York Heart Association
COR-PULMONALE E HIPERTENSÃO PULMONAR – Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.
CARDIOPATIA HIPERTENSIVA – Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo).
SÍNDROMES CORONARIANAS – Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras).
VALVOPATIAS – Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras).
MIOCARDIOPATIAS E PERICARDIOPATIAS – Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.
DOENÇAS DA AORTA, DOS GRANDES VASOS E FÍSTULAS ARTERIOVENOSAS – Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.
ARRITMIAS CARDÍACAS – Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras).
CARDIOPATIAS CONGÊNITA NO ADULTO – Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.
PRÓTESES VALVARES E DISPOSITIVOS CARDÍACOS IMPLANTADOS – Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).
DOENÇA CEREBROVASCULAR – Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular)doenças neurológicas crônicas que impactem na função respiratória, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave.
DOENÇA RENAL CRÔNICA – Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
IMUNOSSUPRIMIDOS – Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente >0mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imonossupressores ou com imonodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.
HEMOGLOBINOPATIAS GRAVES – Doença falciforme e talassemia maior
OBESIDADE MÓRBIDA – Índice de massa corpórea (IMC) ? 40
SÍNDROME DE DOWN – Trissomia do cromossomo 21
CIRROSE HEPÁTICA – Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C
No Comments