Os representantes dos quatro consórcios de ônibus voltaram a se reunir com a prefeitura de Teresina e acenaram para a possibilidade de retornar 100% da frota, dentro da necessidade dos teresinenses. Eles porém, exigem um auxílio temporário para adequar as exigências da prefeitura. Os empresários ficaram de apresentar até sexta-feira (17) um cronograma de retorno integral das atividades. Participaram da reunião empresários, representantes do Consórcio Sitt e a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans).
A reunião foi provocada pela advogada Naiara Moraes, representante do Sitt e consultora jurídica do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut). De acordo com ela, a ideia do auxílio é possibilitar a retomada dos serviços e a efetivação dos pontos cobrados na proposta apresentada pela Prefeitura de Teresina.
“O que é consenso é que a gente precisa reestabelecer a qualidade da prestação de serviço e que os empresários, para dar cumprimento aos oito itens, precisam de um aporte financeiro. Para isso, foi sinalizado na data de ontem a construção dessa possibilidade se apresentar uma minuta, até a sexta feira, que traz essas questões financeiras, fundamentando um auxílio temporário que seria pago com base nas gratuidades, não só nas gratuidades dos estudantes, mas também na questão da perna da integração, que também é um custo de gratuidade. A gente está levantando todos esse valores”, explicou a advogada.
Ainda segundo Naiara Moraes, um cronograma de reestabelecimento das atividades também deve ser entregue pelos empresários até a próxima sexta-feira. O documento irá especificar os prazos e as condições para adesão aos pontos cobrados pelo executivo municipal.
Sobre os subsídios, a consultora jurídica do Setut destacou que a discussão deverá ser feita em outro momento.
Participaram da reunião, o presidente do consórcio Sitt e representantes dos consórcios Poty (zona Norte), Teresina (zona Sudeste) e da empresa Transcol (zona Sul). Apenas o consórcio Urbanus (zona Leste) não enviou representante.
Segundo o major Claudio Pessoa, superintendente da Strans, a reunião foi para “desdizer” que a proposta apresentada pela prefeitura foi rejeitada por algumas empresas.
“A doutora Naiara me ligou dizendo que havia nas respostas do Sitt uma interpretação equivocada e que é possível um acordo. Ela disse que argumentou alguns pontos da prefeitura, mas não era um rechaço às propostas. Então, ela ligou e disse que, se possível, a gente pudesse conversar. Eu concordei e disse para gente reunir também os líderes do consórcio”, explica o superintendente da Strans.
Ele acrescenta que os representantes das empresas colocaram que é necessário um auxílio financeiro da prefeitura para que o sistema continue em operação.
“Ficou do Sitt encaminhar um expediente para a Strans, aventando a possibilidade da prefeitura dar algum auxílio durante esse período de dificuldade financeira. A proposta vem do Setut que é quem vai dizer: nós gostaríamos que a prefeitura oferecesse isso, por causa disso. A gente precisa saber qual seria esse aporte, se poderia ser a ajuda em um determinado item. Estamos esperando essa resposta para depois poder conversar, aguardando o Sitt se manifestar para podermos discutir. Vamos ouvir a proposta”, esclarece o major Claudia Pessoa.
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